Gente que veio, gostou e sempre que pode dá uma passadinha por aqui

terça-feira, 29 de julho de 2008

140) Túnel

Foto Lugoca


Alô, Senhor Deus?!
Eis-me aqui,
Lu, sua filha amada,
como de tantas outras vezes,
em busca do seu amparo,
do seu refúgio,
do seu abraço que aquece
e reforça minha fé,
que, por hora, só beira
o inabalável.
Permita que chegue logo
o momento de eu alcançar
o tesouro que me tem reservado
e que ele, por sua vez,
me aceite ao desabar
e me ampare, como creio
ser do meu merecimento.
Nada mais preciso,
Senhor Meu, do que
a chance de acreditar
que minha arca recheada
de cumplicidade está a caminho
e que dentro dela há de haver
espaço para os bons e os maus
que me resumem.
Assim seja!


















sexta-feira, 25 de julho de 2008

139) Mais um lindo dia!


Fotos Lugoca
"Eu me aprecio bem mais do que costumo;
contigo no coração,
valho mais do que eu mesmo (...)"
(Michelangelo Buonarroti/1475-1564)


Hoje acordei cedo,
como quase sempre,
mesmo depois de ter saído
com a Cris, o Marcílio e
o Paulinho, e me deitado
lá pelas 2h.
Fui cuidar de mim,
e apreciar as cores do dia
faz parte desse ritual.
As conversas anteriores,
na mesa do bar, giraram
em torno de jornal, óbvio,
mas também de amor, sexo e
outras coisas sem as quais
é melhor nem viver.
As companhias, mais que
preciosas, têm todas uma
história especial pra mim.
O Marcílio, meu querido desde
os tempos de foca, jornalista
dos bons, fera na economia e
na política.
O Paulinho, um dos meus
mestres mais pacientes, me
deu a primeira chance de me
tornar editora-adjunta e sempre
me estende mais que duas mãos.
A Cris, amiga recente, dos
quatro anos de EM, outra
competente, parceirona
de trabalho, ponderada,
gente das melhores.
Momentos assim são
imprescindíveis.






quarta-feira, 23 de julho de 2008

138) Eu por mim


Ipês floridos nas ruas,
lembrando que vem
primavera por aí,
e pétalas dispersas
no meu coração, que
chegam ao mal-me-quer
ou bem-me-quer,
nem sei ainda.
Ando com saudade
das cores do dia,
do cheiro de mato,
de beijo de mãe,
proteção de pai,
do abraço de alguns amigos
e de você.
Muita saudade de você.


(Não tô triste, amiga. Por isso mudei a foto e a cor)





segunda-feira, 21 de julho de 2008

137) Imperdível show da Érika Ribeiro!!!



Fotos Lugoca






ÉRIKA RIBEIRO, ANOTEM ESTE NOME!!!
Essa gata é cantora de primeira categoria!
Desde que a ouvi cantar pela primeira vez,
sempre soube que era rara.
Mas ao ouvi-la no palco,
tive absoluta certeza de que faz parte
do que há de melhor no que temos
na preciosa arte da música.
Érika é intérprete dos sons de todos
os cantos deste planeta.
Sua voz e sensibilidade ultrapassam
barreiras, quaisquer que sejam.
Tente deixar de lado, gata, a timidez,
sem se esquecer de preservar
a humildade, porque seu valor
é mais que real, e você sabe disso.
Conte comigo, sempre, para divulgar
esse seu potencial lindo e ímpar!







domingo, 20 de julho de 2008

136) Pai, tô com fome!

Foto Lugoca




Ricardinho não agüentou
o cheiro bom do pão e falou:
- Pai, tô com fome!!!
O pai, Agenor, sem ter um tostão no bolso,
caminhando desde muito cedo
em busca de um trabalho,
olha com os olhos marejados
para o filho e pede mais um pouco de paciência...
- Mas pai, desde ontem não comemos nada,
eu tô com muita fome, pai!!!
Envergonhado, triste
e humilhado em seu coração de pai,
Agenor pede para o filho aguardar na calçada,
enquanto entra na padaria a sua frente...
Ao entrar se dirige a um homem no balcão:
- Meu senhor, estou com meu filho
de apenas 6 anos na porta,
com muita fome, não tenho nenhum tostão,
pois sai cedo para buscar um emprego
e nada encontrei, eu lhe peço que,
em nome de Jesus, me forneça um pão
para que eu possa matar a fome desse menino,
em troca posso varrer o chão de seu estabelecimento,
lavar os pratos e copos,
ou outro serviço que o senhor precisar!!!
Amaro, o dono da padaria,
estranha aquele homem de semblante calmo
e sofrido pedir comida em troca de trabalho
e pede para que ele chame o filho...
Agenor pega o filho pela mão
e o apresenta a Amaro,
que imediatamente pede que os dois sentem-se
junto ao balcão, onde manda servir dois pratos
de comida do famoso PF (Prato Feito)
- arroz, feijão, bife e ovo...
Para Ricardinho era um sonho comer
após tantas horas na rua...
Para Agenor, uma dor a mais,
já que comer aquela comida maravilhosa
fazia com que se lembrasse da esposa e
mais dois filhos que ficaram em casa,
apenas com um punhado de fubá...
Grossas lágrimas caíam dos seus olhos
já na primeira garfada...
A satisfação de ver seu filho devorando
aquele prato simples
como se fosse um manjar dos deuses
e a lembrança de sua família em casa
foi demais para seu coração tão cansado
de mais de 2 anos de desemprego,
humilhações e necessidades...
Amaro se aproxima de Agenor e,
percebendo a sua emoção, brinca para relaxar:
- Ô Maria!!! Sua comida deve estar muito ruim...
Olha o meu amigo está até chorando de tristeza
desse bife, será que é sola de sapato?!?!
Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca
comeu comida tão apetitosa,
e que agradecia a Deus por ter esse prazer...
Amaro pede então que ele sossegue seu coração,
que almoce em paz e depois conversariam
sobre trabalho...
Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas
e começa a almoçar,
já que sua fome estava nas costas...
Após o almoço, Amaro convida Agenor
para uma conversa nos fundos da padaria,
onde havia um pequeno escritório.
Agenor conta então que há mais de 2 anos
havia perdido o emprego e, desde então,
sem uma especialidade profissional, sem estudos,
estava vivendo de pequenos 'biscates aqui e acolá',
mas que há 2 meses não recebia nada...
Amaro resolve contratar Agenor
para serviços gerais na padaria,
e, penalizado, faz para o homem uma cesta básica
com alimentos para pelo menos 15 dias...
Agenor, com lágrimas nos olhos,
agradece a confiança daquele homem
e marca para o dia seguinte seu início no trabalho...
Ao chegar em casa com toda aquela 'fartura',
Agenor é um novo homem.
Sentia esperanças, sentia que sua vida
iria tomar novo impulso...
Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta,
era toda uma esperança de dias melhores...
No dia seguinte, às 5 da manhã,
Agenor estava na porta da padaria,
ansioso para iniciar seu novo trabalho...
Amaro chega logo em seguida e
sorri para aquele homem que nem ele
sabia porque estava ajudando...
Tinham a mesma idade, 32 anos,
e histórias diferentes,
mas algo dentro dele chamava-o a ajudar aquela pessoa...
E ele não se enganou
- durante um ano, Agenor foi o mais
dedicado trabalhador do estabelecimento,
sempre honesto e extremamente zeloso
com seus deveres...
Um dia, Amaro chama Agenor
para uma conversa e fala da escola que
abriu vagas para a alfabetização de adultos,
um quarteirão acima da padaria,
e que ele fazia questão que Agenor fosse estudar...
Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula:
a mão trêmula nas primeiras letras
e a emoção da primeira carta...
Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aula...
Vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros,
advogado, abrindo seu escritório para um cliente,
e depois outro, e depois mais outro...
Ao meio-dia ele desce para um café
na padaria do amigo Amaro,
que fica impressionado em ver o 'antigo funcionário'
tão elegante em seu primeiro terno...
Mais dez anos se passam e agora o Dr. Agenor Baptista,
já com uma clientela que mistura os mais necessitados,
que não podem pagar, e os mais abastados,
que o pagam muito bem,
resolve criar uma instituição que oferece
aos desvalidos da sorte que andam pelas ruas,
pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos,
um prato de comida diariamente, na hora do almoço...
Mais de 200 refeições são servidas por dia no lugar,
administrado por seu filho,
o agora nutricionista Ricardo Baptista...
Tudo mudou, tudo passou,
mas a amizade daqueles dois homens,
Amaro e Agenor,
impressionava a todos que conheciam
um pouco da história de cada um...
Contam que aos 82 anos os dois faleceram
no mesmo dia, quase que na mesma hora,
morrendo placidamente, com um sorriso de dever cumprido...
Ricardinho, o filho, mandou gravar na frente
da 'Casa do Caminho',
que seu pai fundou com tanto carinho:
'Um dia eu tive fome e você me alimentou.
Um dia eu estava sem esperanças
e você me deu um caminho.
Um dia acordei sozinho
e você me mostrou Deus,
e isso não tem preço.
Que Deus habite em seu coração
e alimente sua alma.
E que lhe sobre o pão da misericórdia
para estender a quem precisar!!!'
(História verídica)

sábado, 19 de julho de 2008

135) Fé na vida





Um pouco pelo cansaço de ter
voltado a trabalhar fim de semana,
depois de quatro anos longe desse
compromisso; outro pouco pelas
circunstâncias, que impõem vários
desafios de uma só vez; e, ainda,
porque também me dou o direito de
fraquejar, de precisar de colo, de
chorar com meus botões.
Assim, ontem, depois de começar
o dia tranqüila, tive uma inquietude
estranha à tarde, vontade de fugir
por aí, de ficar no escuro, de chorar
quietinha, de andar até a Ponta do
Seixas e de sei lá o quê.
Mais tarde, já à noite, o povo bacana
da 'Casa de Assis' me distraiu,
me fez dar boas risadas, me aconchegou
com abraços e palavras amigas, e fui
voltando ao normal, que é acreditar
que, enquanto existe vida e amor,
tudo pode acontecer.
E hoje, o dia lá fora, e aqui dentro,
tá lindo!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

134) Infância eterna

Foto Lugoca



Minha avó era a pessoa mais linda do mundo.
Pra ela, não tinha tempo ruim.
E é dela que me lembro e nela que
me inspiro pra sempre pegar leve
com a vida.
Nunca a vi reclamar de nada.
Assunto que a aborrecia não fazia
parte da pauta do dia.
Se levantava às 4h30, incrementava
o fogo no fogão à lenha, que passava
a noite em brasas, assava biscoitos
de polvilho, doces e salgados, bolo e
outras guloseimas cujo sabor jamais
vou me esquecer.
Quando os netos se levantavam,
de férias na Fazenda do Cipó,
lá pelas 6h, já havia um copinho
de massa de tomate separado para cada um,
com açúcar, café ou simplesmente vazio.
Aí, depois de saborear todas aquelas
delícias que já estavam sobre a enorme
mesa da cozinha, íamos todos ao curral,
beber leite ao pé-da-vaca, tirado pelo
Fio, da prole da Bechola, que foi babá do
meu irmão, espoleta quando pequenino.
Vovó matava porco sozinha.
Aqueles capados enormes, engordados
na manga a alguns metros da casa, ao
lado do galinheiro.
Me lembro dela abaixada, com aqueles
vestidinhos estampados e os chinelinhos
surrados, toda sorridente, sangrando o
porco sobre umas tábuas, enquanto o
bicho gritava a valer.
Os vegetarianos e ativistas pró-animais
vão querer me matar lendo isso.
Mas na roça sempre foi assim e ainda é.
Ela não estava sorridente de felicidade por
assassinar o bicho, mas por saber que tinha
capacidade de alimentar todos: família,
agregados, amigos que chegassem...
Em 2009, se estivesse ainda entre nós,
vovó Luisa faria 100 anos.






terça-feira, 15 de julho de 2008

133) A minha pessoa...

Foto Lugoca



A Pessoa Errada


Pensando bem,
em tudo o que a gente vê
e vivencia, e ouve e pensa,
não existe uma pessoa certa
pra gente.
Existe uma pessoa,
que se você for parar pra pensar,
é na verdade, a pessoa errada.
Porque a pessoa certa faz tudo certinho:
chega na hora certa,
fala as coisas certas,
faz as coisas certas.
Mas nem sempre
precisamos das coisas certas.
Aí é a hora de procurar
a pessoa errada.
A pessoa errada te faz
perder a cabeça,
fazer loucuras,
perder a hora,
morrer de amor.
A pessoa errada
vai ficar um dia sem te procurar,
que é para na hora que
vocês se encontrarem
a entrega seja muito mais verdadeira.
A pessoa errada, é, na verdade,
aquilo que a gente chama
de pessoa certa.
Essa pessoa vai te fazer chorar,
mas uma hora depois
vai estar enxugando suas lágrimas,
essa pessoa vai tirar seu sono,
mas vai te dar em troca
uma inesquecível noite de amor.
Essa pessoa pode não estar
100% do tempo ao seu lado,
mas vai estar toda a vida
esperando você.
A pessoa errada
tem que aparecer para todo mundo,
porque a vida não é certa,
nada aqui é certo.
O certo mesmo é
que temos que viver cada momento,
cada segundo amando,
sorrindo, chorando,
pensando, agindo,
querendo e conseguindo.
Só assim, é possível chegar
aquele momento do dia
em que a gente diz:
"Graças a Deus, deu tudo certo!",
quando na verdade,
tudo o que Ele quer é que
a gente encontre a pessoa errada,
para que as coisas comecem
a realmente funcionar
direito prá gente.
Nossa missão:
Compreender o universo
de cada ser humano,
respeitar as diferenças,
brindar as descobertas,
buscar a evolução.










domingo, 13 de julho de 2008

132) Amo demais... e isso me faz querer viver e viver


Fotos Lugoca e Izabela
Hoje vivi das emoções mais lindas.
Daquelas que, acho, pouca gente experimenta.
Muito porque o que me aconteceu
talvez não tenha tanta importância
para a maioria das pessoas.
O que resulta neste mundo cruel que
nos desabriga hoje.
Fui almoçar na casa de um AMIGO LINDO,
e, ao me sentar à mesa, encontrei no prato
o bilhete e a florzinha da foto acima.
Essas atitudes corajosas, de declarar amor
aos amigos e a quem quer que seja, estão
entre as mais preciosas desta existência.
A cada dia recebo a graça de encontrar
pessoas que me fazem melhor, que me
ensinam a amar mais e mais a vida.
A ter mais fé, mesmo certa de que isso
não me ajuda a conquistar tudo o que
quero, mas tudo o que mereço.
E é por essas manifestações de carinho
e de amor e respeito humano que amo
esse cara delicioso do bilhete, que amo
a Jô, faxineira do jornal, que aos 65 anos
carrega 200 tijolos por dia pra construir
seu barraco, e, carinhosamente,
me chama de Fumacinha.
Amo a Val, minha faxineira, que cuida de
mim, da minha casa e da Mina com todo
o carinho do mundo. Que chega com um
sorriso enorme e um abraço apertado
pra me aconchegar.
Amo a Sílvia, que vem fazer minhas unhas
e me traz aquele inhoque delicioso que só
ela sabe preparar.
Amo o Jerônimo, porteiro do meu prédio,
pai da Caroline, que não enxerga com os
olhos, mas é muito feliz, por ter pais que a
ensinam a ver o mundo com a alma.
Amo a Bety, o Samuel, a Izabela, a Cybelle,
o Preguinha, a Marisa, a Berna, o Augusto Pio,
a Roselena, o Luiz Fernando, o Alexandre,
o Luiz Otávio, a Líliam, a Mamis (demais),
o Franco, o Luiz Gonzaga, o Paulinho, o Davi,
o Felipe, o Luiz Cabral, a Luisa, a Regina,
o Guido, o Miguel, o Jefferson (saudade),
a Maíra, o Rafa, o Bruninho, a Verinha,
o Leandro, a Vanessa, a Bia, o Pedro, o Beto,
a Martinha, o Carlinhos, o Gustavo...
e tanta gente mais...
e quem mais chegar.
Amo todo esse povo que vive intensamente.




"O que pode salvar ou matar uma pessoa é
sua coragem radical e determinação diante
do desejo. Um desejo capaz de ir além dos
obstáculos que fariam qualquer ser humano
recuar e pelo qual o sujeito assume toda a
responsabilidade...".
(Peço permissão à minha mestra Regina para publicar esse trecho
de sua coluna no EM)


sexta-feira, 11 de julho de 2008

131) Por um fio...



Aquele seu 'beijo noturno'
- demorado, molhado e lânguido -
me invadiu os lábios
pelo fio do telefone
e se instalou em mim
feito gosto de fruta fresca
- de fruta apanhada do pé,
em manhã de brisa lúcida,
com um solzinho morno brilhando
e a terra tocando os pés descalços
num deleite único.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

130) Presente Lindo!!!

Foto Lugoca



O meu amor por você é tão lindo
Lindo demais e me acompanha
Como um radar ou um sino
Já bateu e fica assim
Vibrando em mim
Pode atravessar
Sem medo... comigo.
(J.L.)








terça-feira, 8 de julho de 2008

129) Texto da Izabeloca

Foto Miguel



Lu,
Sou uma antinha, mesmo.
Não consegui postar o texto no blog.
Acho que porque não tenho conta no Google.
Ainda assim, lá vai.
Demorou, mas acho que consegui lembrar tudinho.
Espero que essas palavras te encontrem feliz
e em paz.
Te curto pacas.
Mil beijos,
Beloca
Eu não sei se vem de Deus
Do céu ficar azul
Ou virá dos olhos teus
Essa cor que azuleja o dia...
Ainda que a cor do céu não seja
determinada por olhos humanos,
há quem, olhando pra ele, só enxergue
a cor cinza, nuvens carregadas e
possibilidade de tempestades!
Mas se os teus olhos forem bons,
todo o teu corpo terá luz e
se acaso anoitecer e o céu perder o azul,
não sairá de ti essa cor que azuleja o dia!
Se, porém, os teus olhos forem maus,
o teu corpo será tenebroso e
os teus olhos só verão nuvens carregadas,
ainda que o sol brilhe.
Porque, para os puros,
todas as coisas são puras...
Repara, pois, que a luz que há em ti
não sejam trevas. (Pedro 11.35)
(Adaptado)

P.S.: Na postagem 126 deste blog,
comentei o texto acima antes mesmo de
lê-lo e troquei o apóstolo Pedro por Paulo.

domingo, 6 de julho de 2008

128) De você...

Foto Lugoca




De você, sei quase nada
pra onde vai ou porque veio
nem mesmo sei
qual é a parte
da sua estrada no meu caminho
Será um atalho
ou um desvio?
Um rio raso,
um passo em falso,
um prato fundo
pra toda a fome que há no mundo?

Noite alta que revele
o passeio pela pele
Dia claro, madrugada
de nós dois não sei mais nada.

Se tudo passa,
como se explica
o amor que fica nessa parada,
amor que chega sem dar aviso,
não é preciso saber mais nada.

(ZB/AR)





sexta-feira, 4 de julho de 2008

127) Festival Internacional de Teatro

Fotos Lugoca





Praça do Papa lotada.
De arrepiar.
Gente bonita, sem medo do friozinho.
Atrás de cultura, de diversão.
Gorros, luvas, cachecóis...
tudo pra não perder o espetáculo
Concerto de Fogo (Le Concert de Feu),
do grupo francês Les Commandos Percu,
uma das principais atrações da edição
2008 do Festival Internacional de Teatro
de BH.
Valeu muito mais pelos fogos do que
pela percussão, já que, como bem
disse minha amiga Alessandra,
falta aos franceses o borogodó brasileiro.








quarta-feira, 2 de julho de 2008

126) Pra Izabela: que tem a verdade nos olhos

Foto Lugoca




Bela, a foto da Minoca,
sua afilhada,
que anda meio abandonada
pela madrinha, também faz
parte da homenagem a você.
Na minha eletricidade jornalística inata,
que sei que você também tem,
fiquei viajando no que me falou
sobre o Apóstolo e Evangelista Pedro
ter escrito a respeito das pessoas que
trazem a verdade nos olhos.
Lindo demais isso!
Mas temo que seja algo tão raro hoje.
Mesmo assim, gente como nós insiste
em acreditar que é capaz de traduzir
os brilhos dos olhares.
Ou a falta de brilhos, quem sabe?
Essa nossa crença no outro
vive nos dando rasteiras, né amiga?
Como você ponderou, que prazer há
em ter que viver com um pé atrás?
Bom mesmo seria nos guiarmos
pelos olhares que nos encaram,
que tentamos traduzir em cada
encontro diário.
Mas, nas minhas múltiplas divagações,
concluo que esse tipo de crença
faz parte da natureza jornalística que
construímos desde o útero.
O jornalista por sacerdócio, por fé,
como nós, o é porque crê no outro.
Porque acredita que pode colaborar
para que as vidas sejam melhores,
mais felizes, menos sofridas.
Quando você faz uma matéria
sobre o preço dos alimentos, está,
de alguma forma, colaborando para
que alguém, pelo menos, possa
se alimentar melhor.
Quando escreve sobre determinada
lei, permite que um leitor, que seja,
saiba que pode se beneficiar dela.
Não escolhemos esse caminho à toa.
Assim como nada nesta vida é por acaso.
Tudo tem seu propósito.
E o nosso é tão claro.
Lidamos diariamente com
as mais terríveis notícias,
de catástrofes, misérias, tragédias,
injustiças, sangue, tiros e roubalheira,
mas ainda acreditamos que é possível
melhorar este mundo.
Vamos morrer assim, amiga.
Mas, por enquanto, temos muito
o que viver, muito o que escrever,
coisas demais pra mudar.

terça-feira, 1 de julho de 2008

125) Tenho pra te amar...

Foto EMLC





Sabe Deus, aquele verdadeiro, único?
Ele me entende.
Conhece minha verdade.
Sabe o quanto desejo o bem.
O quanto sou do bem.
Quanto amor tenho pra dar.
Quanto sei compreender.
Quanto tenho pra te amar.
De verdade!