Foto Lugoca
Seu olhar subiu escadas,
tranquilo,
decidido,
e encontrou
minhas íris
entre os degraus,
à espera do espetáculo
que nos aguardava.
Seus olhos firmes
diziam tanto,
que sossegavam
em mim um medo
que havia chegado antes
e prometia ser duradouro.
Seu olhar me invadiu
alma adentro,
com força e
delicadeza
simultâneas.
O meu
não se furtou
à invasão,
a ser penetrado,
tatuado,
esmiuçado...
Olá! Seja muito bem-vindo! Amo escrever, mas confesso que as fotos, 99% delas feitas por mim, de forma amadora, são a alma deste blog. Se quiser dar uma volta por aí, acredito que não vai se arrepender.
Gente que veio, gostou e sempre que pode dá uma passadinha por aqui
quinta-feira, 31 de março de 2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
337) Roda da vida
Praça da Estação, no Centro de Belo Horizonte |
A porta se abriu
em um ranger lento,
ajudada pelo vento
e pela madeira leve,
sinal de poucas posses.
De dentro, saiu um
cheiro doce de
café recém-coado,
pra espantar o
sono que se avizinhava.
De fora, entrou o
perfume da dama-da-noite
plantada no jardim,
em meio a tantas
outras riquezas florais,
e invadiu os cômodos
espremidos, relaxando
os poros de quem
buscava estar alerta.
Pela mesma porta
entrou a noite
e adormeceu,
até que o dia
raiasse para
rendê-la na
roda da vida.
sábado, 5 de março de 2011
336) Para Adélia Prado
Foto Lugoca
Ei, Jonathan,
também preciso
me abrir com você
e lhe contar que tenho
uma cachoeira aqui no peito
e minhas lágrimas
a fazem transbordar,
impetuosa,
impiedosa,
até,
porque me tira
o fôlego
e a voz
e os olhos marejados
não me deixam
ver o que virá
nem pra onde ir.
Tem de ser com você
este desabafo, Jonathan,
porque mamãe
já não pode
mais me ouvir.
P.S.: Jonathan é um antigo personagem da poetisa mineira Adélia Prado
Ei, Jonathan,
também preciso
me abrir com você
e lhe contar que tenho
uma cachoeira aqui no peito
e minhas lágrimas
a fazem transbordar,
impetuosa,
impiedosa,
até,
porque me tira
o fôlego
e a voz
e os olhos marejados
não me deixam
ver o que virá
nem pra onde ir.
Tem de ser com você
este desabafo, Jonathan,
porque mamãe
já não pode
mais me ouvir.
P.S.: Jonathan é um antigo personagem da poetisa mineira Adélia Prado
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