Gente que veio, gostou e sempre que pode dá uma passadinha por aqui

domingo, 18 de setembro de 2011

345) Digital


Em Gramado, na Serra Gaúcha (RS) - Foto LugocaFoto Lugoca


Eu sempre quis
uma verdade leve,
que rasgasse
estradas e mapas
e desfizesse dúvidas,
pra não deixar resquícios
do que não fosse bom.
Algo que parecesse flores
ou as cores todas de que gosto,
pra distribuir ao mundo
e conquistá-lo por inteiro.
Sem máscaras.
Conquista possível,
em que as minhas marcas,
de riso e dor,
abrissem caminho,
feito digital,
feito verdade leve.



 

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

344) Por um triz

Búzios (RJ), meu xodó, sempre! Êta paraíso! Foto Lugoca


O bem que eu quero,
se não enxergas,
não é invisível.
Tem a cor destas íris,
transparência de brisa,
coração a reboque,
acionado no toque
sútil das respirações,
no desejo desenfreado
de ser feliz.
Que seja por um triz.




quinta-feira, 7 de julho de 2011

343) Canção pra viver agora

Mirante do Parque Estadual do Rola Moça, rumo a Casa Branca, distrito de Brumadinho - Foto Lugocaca


Às vezes,
meu amor
é explosão 'furta-cor',
ao passo que doa, doa e doa
o que exala do Sol,
do mar,
do ar,
do seu olhar,
do que vingar
entre as sementes
que caíram,
resistiram
e semearão
girassóis,
rasgando a terra
com vontade,
pelo tempo exato
que dura cada coisa.



sexta-feira, 27 de maio de 2011

342) Sempre


                A lua, linda, sobre a Orla Bardô, em Búzios (RJ) - Foto LugocaFoto 


Ao caminhar por essas trilhas,
abandonei o
medo de acreditar
que há plenitude aqui dentro,
que diferenças se encaixam,
que desafio se enfrenta,
que não há mal maior que enganar a si mesmo
e alegria não se dosa.

 
 
 

domingo, 15 de maio de 2011

341) Vem


    Por do Sol no Topo do Mundo, em Brumadinho, Região Metropolitana de BH - Foto Lugocaca



Aquece o ninho
com seu riso
e faz do meu abraço dia a dia,
do meu beijo companhia
– nas horas doces ou vazias.
Vem ser meu par,
meu ar
– n'algum momento
em que se perca em mim –
meu mar
de brincadeiras,
de delícias,
verdades inteiras,
longas caminhadas
pela estrada afora
– pra dentro de nós.



sexta-feira, 15 de abril de 2011

340) Divagações


O alvo era a Lua, na tarde de hoje, sobre o 'Viaduto de Santa Tereza', em Belo Horizonte

Foto Lugoca


Lábios doces,
vorazes,
afoitos,
desvendam mistérios
da pele,
que anseia por eles,
se unta em seu néctar,
relaxa poros
no toque faminto.
Mergulham,
macios,
molhados,
entre seios,
já enlouquecidos,
e umidecem
tudo o mais
que se arrepia
pela frente.





terça-feira, 12 de abril de 2011

339) Querer

Foto Lugoca




Desejo é como nuvem,
assim como os lampejos
das paixões sem amor
e os beijos roubados
a esmo.
Como vapor,
como frio
e calor.
Como arrepio,
no roçar
involuntário,
na invasão
desesperada...
Desejos,
como nuvens,
se dissipam,
se perdem,
se disfarçam,
evaporam...
Vez ou outra,
desejos
levam ao amor.





quinta-feira, 31 de março de 2011

338) Olhar

Foto Lugoca






Seu olhar subiu escadas,
tranquilo,
decidido,
e encontrou
minhas íris
entre os degraus,
à espera do espetáculo
que nos aguardava.
Seus olhos firmes
diziam tanto,
que sossegavam
em mim um medo
que havia chegado antes
e prometia ser duradouro.
Seu olhar me invadiu
alma adentro,
com força e
delicadeza
simultâneas.
O meu
não se furtou
à invasão,
a ser penetrado,
tatuado,
esmiuçado...

 


quinta-feira, 17 de março de 2011

337) Roda da vida

Praça da Estação, no Centro de Belo Horizonte
Foto Lugoca




A porta se abriu
em um ranger lento,
ajudada pelo vento
e pela madeira leve,
sinal de poucas posses.
De dentro, saiu um
cheiro doce de
café recém-coado,
pra espantar o
sono que se avizinhava.
De fora, entrou o
perfume da dama-da-noite
plantada no jardim,
em meio a tantas
outras riquezas florais,
e invadiu os cômodos
espremidos, relaxando
os poros de quem
buscava estar alerta.
Pela mesma porta
entrou a noite
e adormeceu,
até que o dia
raiasse para
rendê-la na
roda da vida.





sábado, 5 de março de 2011

336) Para Adélia Prado

Foto Lugoca




Ei, Jonathan,
também preciso
me abrir com você
e lhe contar que tenho
uma cachoeira aqui no peito
e minhas lágrimas
a fazem transbordar,
impetuosa,
impiedosa,
até,
porque me tira
o fôlego
e a voz
e os olhos marejados
não me deixam
ver o que virá
nem pra onde ir.
Tem de ser com você
este desabafo, Jonathan,
porque mamãe
já não pode
mais me ouvir.




P.S.: Jonathan é um antigo personagem da poetisa mineira Adélia Prado




segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

335) Aqui

Foto Lugoca




Beija-me
roça-me
coça-me
adoça-me
a língua,
a linha tênue
do meu bem
O que tem
aqui
no meio
de mim
pra ti
A mão
que toca
tua pele
e se funde,
confunde,
saliva
nuca,
arrepia
a química
minha
e tua
Nua
crua
leve
pluma
flutua...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

334) Em mim


Foto Lugoca


"O que está fora, está dentro"
E para mudar o que quer que seja por aí,
em qualquer esquina além de mim,
em qualquer sistema que eu enfrente,
com o qual eu conviva,
é aqui dentro
que começa a reforma.





domingo, 13 de fevereiro de 2011

333) Confiar na vida






Gente querida!
Ganhei estes dois selos -
o primeiro da Paula Figueiredo
(http://desmemoriafeminina.blogspot.com)
e o seguinte da Ana Diniz
(http://wwwanadiniz.blogspot.com/) -
e eles ajudaram a me dar uma sacudida.
Na verdade, conclui que eu estava andando
uma chata, meio choramingando,
quando, na verdade, tenho todos os
motivos do mundo para sorrir.
Enquanto eu choramingava,
vocês viviam me dando carinho,
mesmo diante da minha ausência.
Não tenho motivos para chorar,
mas, sim, para agradecer,
por encontrar sempre em
meu caminho pessoas maravilhosas,
como todos vocês, que não se esquivam
de toda a sorte de trocas (de conhecimento,
de carinho e até de toques e dicas para o
crescimento pessoal).
Além disso, minha vida é cheia
de inúmeras outras conquistas,
que preciso festejar sempre!
Por tudo isso, agradeço às queridas
Paulinha e Ana, com um beijo e o
desejo de toda a sorte do mundo, e
distribuo estes selos/carinho para
gente que está no meu coração:


AC (http://ac-wwwinterioridade.blogspot.com/)

Ana Kalil (http://analuizakalil.blogspot.com/)

Ana Diniz (http://wwwanadiniz.blogspot.com/)

Erica (http://casodascoisas.blogspot.com/

Fátima (http://vivereafinaroinstrumento.blogspot.com/)

Gisa (http://lerescrevereviver.blogspot.com/)

Kika (http://refugioeabrigo.blogspot.com/?zx=fdcd3db11908a4c0)

Lufe (http://butecodolufe.blogspot.com/)

Mari (http://sozinhaouacompanhada.blogspot.com/)

Marinha (http://www.construtoradepalavras.com.br/)

Paula Figueiredo (http://desmemoriafeminina.blogspot.com/)

Suzana Guimarães (http://contosdelily.blogspot.com/)


Beijos a todos!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

332) Sonhei com o amor


Estádios Mineirinho e Mineirão, na Pampulha, em Belo Horizonte
Foto Lugoca


Sim, eu sonhei de novo.
Abri mão de príncipes
e princesas
e sonhei com o humano,
com o que me encanta,
com o que quero
pela vida afora.
Me permiti
Quebrei paradigmas
Olhei com outros olhos
Abri o coração.
Mas foi mão única
Fiquei só na estrada
Na encruzilhada.
Não fui perfeita.
Claro que não.
Nem sei
quando estarei refeita.
Certeza,
só uma:
caso eu não morra amanhã,
ei de sonhar de novo.


 


sábado, 29 de janeiro de 2011

331) Refazendo


Foto: Arquivo Pessoal





Que eu perdoe meus erros
e minha vontade desenfreada de amar
Que eu aprenda a ver um ou outro
dos meus acertos
das minhas flores
cores escondidas,
que existem por aqui,
onde alguém há de enxergar,
em algum dos meus lugares,
num canto qualquer da minha pele,
nalgum dos pacotes das minhas dores,
nas marcas que elas me deixam
pelo corpo,
na alma,
na calma,
e até na palma da mão
e no chão
por onde vou agora...


 
 

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

330) Vontade

Foto Lugoca




O que me move
são crenças eternas
e descobertas que
se fazem pelo caminho.
Me abro a
afagos na alma,
a toques serenos,
desejos de bem querer
e bem viver.
Espero o sorriso,
o olhar,
amanhecer,
aprendizado,
recomeçar,
saborear
e perdoar.
Viver com leveza,
se possível.




sábado, 8 de janeiro de 2011

329) Viver é preciso...


Foto Lugoca



Abri os olhos
e o Sol estava lá,
explodindo em cores
e calor.
Encarei o bosque
e me embrenhei,
pisei a terra -
os pés desnudos,
dispostos.
Não olhei pra trás.
Eu quis o que viria:
As flores,
seus cheiros,
espinhos,
caminhos sinuosos,
as sombras,
clarões,
encantos,
surpresas,
mistérios,
tropeços.
Segui em frente.
Firme,
decidida.
Algo me esperava,
me chamava.
Eu quase podia tocar.
Parecia felicidade.




segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

328) Tudo novo de novo


Foto Lugoca




A luz se acendeu,
antes mesmo do esperado,
tempo se refez,
vida se renovou,
águas seguiram curso,
alma se esperançou,
voz se aveludou,
olhos se iluminaram,
mãos se afagaram,
corpos se aconchegaram,
beijos se encaixaram,
peles se imantaram,
toques se permitiram,
medos se dissiparam
e tudo recomeçou,
querendo ser infinito.