Foto Lugoca
Há alguns dias, meu sobrinho mais velho,
que acaba de completar 10 anos, me contou
que só deixou de acreditar em Papai Noel
depois do Natal passado.
Ele disse que ganhou uma bicicleta
que pensava ter sido trazida por
Papai Noel, mas, pouco tempo depois,
quando o brinquedo estragou, seu pai
lhe mandou levar a uma loja da pequena
cidade onde moram para consertar.
O sonho começou a se desfazer,
contou meu sobrinho, quando teve
que subir uma ladeira empurrando
a bicicleta quebrada rumo ao conserto.
Chegando à loja, a pessoa que o atendeu
foi logo dizendo: 'Ah, essa é a bicicleta
que seu pai comprou aqui no Natal
passado?'.
"Foi aí que tive certeza de que Papai Noel
era meu próprio pai", concluiu meu sobrinho.
Mas a tia aqui não ficou de todo triste com
essa história, não, porque tem acreditado
que Papai Noel está por aí, sim.
Tenho acreditado que Papai Noel é alguém
que nos surpreende de alguma forma,
que nos dedica alguma energia boa,
que nos faz o bem, que nos alegra,
nos dá carinho, afeto, atenção, uma
palavra amiga, um abraço, um beijo,
nos manda uma mensagem...
Eu, por exemplo, tive vários papais noéis
neste fim de ano: pessoas queridas cujo
carinho é imprescindível na minha vida,
gente que não via há tempos e que me
surpreendeu com mensagens cheias de
saudade...
Além disso, o projeto Papai Noel dos
Correios, do qual sempre quis participar,
me deu a oportunidade de ajudar Papai
Noel a surpreender um pouquinho
crianças que nem conheço, mas às quais
desejo toda a felicidade do mundo. Daqui
para a frente, quero participar pelo resto
da vida e cada vez mais.
Foi uma oportunidade gostosa de exercitar
meu prazer em surpreender as pessoas.
Olá! Seja muito bem-vindo! Amo escrever, mas confesso que as fotos, 99% delas feitas por mim, de forma amadora, são a alma deste blog. Se quiser dar uma volta por aí, acredito que não vai se arrepender.
Gente que veio, gostou e sempre que pode dá uma passadinha por aqui
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
259) Mais
A festa de Bodas de Ouro dos meus
queridos tios Dayse e Neide, ontem,
foi uma linda oportunidade para reunir
a família, até mesmo gente de longe,
que eu nem conhecia.
Teve música de todas as épocas
com performance, para dançar.
Música instrumental tocada pelos
filhos do casal. Tudo muito gostoso!
Aliás, neste fim de ano, quando pipocam
encontros e outras oportunidades de
confraternização, em família e no trabalho,
não perdi uma chance sequer de participar.
Aceitei a todos os convites. E fui de bom grado.
Vi todos eles como chances a mais de eu
cuidar de mim, como ninguém mais pode fazer.
Essas atitudes não curam as feridas,
não apagam as dores, mas espairecem,
abrem brechas, tornam mais leves
alguns momentos.
E é exatamente assim que estou vivendo:
momento por momento.
Me dou o direito, porque o tenho,
de ficar longe dos julgadores,
porque o fardo de qualquer vida
já é duro demais sem eles,
e vou caminhando, cada vez melhor,
que é como me sinto, à espera das
surpresas que a vida certamente
me reserva.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
258) Esperanças
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
257) Vida afora
domingo, 6 de dezembro de 2009
256) Sobre a solidão
Foto Lugoca
Em uma conversa gostosa e enriquecedora,
hoje, com pessoas queridas, concluímos que
a grande maioria dos relacionamentos
amorosos parece estar em uma crise
muito semelhante.
As pessoas parecem estar se agarrando
umas às outras de qualquer forma,
ainda que sintam-se infelizes, apenas
para terem a falsa impressão de que
não estão sozinhas.
Pouco importa se a pessoa que
"está com você" não tem o menor saco
para os seus problemas, para os seus
dramas, para os seus sofrimentos.
Pouco importa se seu (sua)
companheiro (a) é cuidadoso, gentil,
carinhoso, preocupado com sua saúde,
com seu bem-estar.
Importa, sim - infelizmente mais para
nós, mulheres -, acreditar que "temos"
alguém, ainda que não possamos contar
com essa pessoa tanto quanto gostaríamos
e deveríamos poder.
A conversa se encaixou tanto para cada um
de nós que dela participou quanto para
pessoas que todos nós conhecemos.
E o pior é que vivemos querendo ensinar
aos outros sobre esse assunto, né?
Em uma conversa gostosa e enriquecedora,
hoje, com pessoas queridas, concluímos que
a grande maioria dos relacionamentos
amorosos parece estar em uma crise
muito semelhante.
As pessoas parecem estar se agarrando
umas às outras de qualquer forma,
ainda que sintam-se infelizes, apenas
para terem a falsa impressão de que
não estão sozinhas.
Pouco importa se a pessoa que
"está com você" não tem o menor saco
para os seus problemas, para os seus
dramas, para os seus sofrimentos.
Pouco importa se seu (sua)
companheiro (a) é cuidadoso, gentil,
carinhoso, preocupado com sua saúde,
com seu bem-estar.
Importa, sim - infelizmente mais para
nós, mulheres -, acreditar que "temos"
alguém, ainda que não possamos contar
com essa pessoa tanto quanto gostaríamos
e deveríamos poder.
A conversa se encaixou tanto para cada um
de nós que dela participou quanto para
pessoas que todos nós conhecemos.
E o pior é que vivemos querendo ensinar
aos outros sobre esse assunto, né?
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
255) Natal
domingo, 22 de novembro de 2009
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
253) Aprender
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
252) Gente do bem dá em árvore???
terça-feira, 20 de outubro de 2009
251) Andanças
Foto Lugoca
Querido diário,
hoje eu andei por aí feito louca,
como há muito tempo não me permitia,
o que acabou me fazendo um bem
maior do que eu poderia imaginar.
Depois de cortar o cabelo, resolvi
bater pernas, já que estou de férias,
e logo nos primeiros quarteirões
dei de cara com uma grande amiga,
que me convidou para um café.
Muito bom!
Conversamos por mais
de uma hora, e houve momentos em
que, mesmo sem saber, ela me ajudou
imensamente.
Me contou que passou por dificuldades
recentes e que neste momento está
investindo tudo em um sonho antigo
que estava adormecido, de ser atriz.
Foi aí que me peguei pensando em mim,
nos meus sonhos, no que tenho feito
para realizá-los.
Enfim, saí dali fortalecida - pelo encontro
com uma amiga querida da adolescência,
por lembrar que não sou a única a ter
problemas e feliz por vê-la firme
atrás do sonho.
Depois, nos despedimos e continuei
minhas andanças.
E amanhã vai ser o primeiro
21 de outubro da minha vida
sem a minha mãe.
Querido diário,
hoje eu andei por aí feito louca,
como há muito tempo não me permitia,
o que acabou me fazendo um bem
maior do que eu poderia imaginar.
Depois de cortar o cabelo, resolvi
bater pernas, já que estou de férias,
e logo nos primeiros quarteirões
dei de cara com uma grande amiga,
que me convidou para um café.
Muito bom!
Conversamos por mais
de uma hora, e houve momentos em
que, mesmo sem saber, ela me ajudou
imensamente.
Me contou que passou por dificuldades
recentes e que neste momento está
investindo tudo em um sonho antigo
que estava adormecido, de ser atriz.
Foi aí que me peguei pensando em mim,
nos meus sonhos, no que tenho feito
para realizá-los.
Enfim, saí dali fortalecida - pelo encontro
com uma amiga querida da adolescência,
por lembrar que não sou a única a ter
problemas e feliz por vê-la firme
atrás do sonho.
Depois, nos despedimos e continuei
minhas andanças.
E amanhã vai ser o primeiro
21 de outubro da minha vida
sem a minha mãe.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
250) Lições
Foto Lugoca
Em uma caminhada pelo bairro
com minha cachorrinha encontrei
essa linda trepadeira, que enfeitava
o alpendre da casa de minha avó Luisa,
à qual ela chamada de 'lágrimas de Cristo'.
Até já tentei plantar uma dessas, mas a
mudinha não vingou, o que não me fez
desistir de tentar novamente.
Minha avó era uma mulher muito forte,
com quem eu devia ter aprendido mais.
Jamais a vi reclamar de qualquer coisa,
o que não significa que não tivesse problemas.
A verdade é que tinha muita fé e
encarava os problemas com coragem,
com a certeza de que podia enfrentá-los.
Outro exemplo que ela nos dava era
ser muito solidária.
Sempre dedicava tempo a um parente
ou amigo doente, sempre tinha um
prato de comida a oferecer a quem
tinha fome.
com quem eu devia ter aprendido mais.
Jamais a vi reclamar de qualquer coisa,
o que não significa que não tivesse problemas.
A verdade é que tinha muita fé e
encarava os problemas com coragem,
com a certeza de que podia enfrentá-los.
Outro exemplo que ela nos dava era
ser muito solidária.
Sempre dedicava tempo a um parente
ou amigo doente, sempre tinha um
prato de comida a oferecer a quem
tinha fome.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
249) Consegui!
terça-feira, 13 de outubro de 2009
248) Paz, amigo!
Foto Lugoca
Exatos nove meses após a partida da mamãe,
perdemos um grande e doce amigo.
Melhor amigo do meu irmão,
companheiro em alguns dos momentos
mais importantes, principalmente
nos difíceis, quando ele nunca se
furtava em estar presente,
pelo contrário, fazia questão de
aparecer e estender a mão,
oferecer o ombro.
Juntos, fomos padrinhos
de casamento do meu irmão.
Jovem, alegre, bonachão, solidário,
um cara do bem como poucos,
tenho certeza de que deixa muita saudade,
boas lembranças e exemplos.
Exatos nove meses após a partida da mamãe,
perdemos um grande e doce amigo.
Melhor amigo do meu irmão,
companheiro em alguns dos momentos
mais importantes, principalmente
nos difíceis, quando ele nunca se
furtava em estar presente,
pelo contrário, fazia questão de
aparecer e estender a mão,
oferecer o ombro.
Juntos, fomos padrinhos
de casamento do meu irmão.
Jovem, alegre, bonachão, solidário,
um cara do bem como poucos,
tenho certeza de que deixa muita saudade,
boas lembranças e exemplos.
Foi-se de forma surpreendente e tola.
Onde estiver, amigo, esteja em paz!
Onde estiver, amigo, esteja em paz!
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
247) Vida normal
Foto Lugoca
Consultando escritos do médico
Dráuzio Varella, que está a todo
momento na midia, encontrei
ponderações acessíveis sobre a depressão.
Trata-se de uma disfunção psiquátrica
que acomete de 10 a 25% das pessoas,
muito confundida com ansiedade e tristeza,
até mesmo por profissionais de saúde.
Segundo ele, os sintomas da depressão
interferem drasticamente na qualidade
de vida e estão associados a altos custos sociais,
já que muitas pessoas chegam a deixar de
trabalhar por causa da doença.
O número de casos entre mulheres
é o dobro do de homens.
Como é sabido, quadros de depressão
podem ser disparados por problemas
psicossociais como a perda de
uma pessoa querida, do emprego ou
o final de uma relação amorosa.
Draúzio Varella aponta ainda que
a maioria dos autores concorda que
a psicoterapia pode controlar casos leves
ou moderados de depressão.
O método oferece a vantagem teórica
de não empregar medicamentos
e diminuir o risco de recidiva do quadro,
desde que a pessoa aprenda a reconhecer
e lidar com os problemas que a
conduziram a ele. A grande desvantagem,
no entanto, está na lentidão e
imprevisibilidade da resposta.
A psicoterapia não deve ser
indicada como tratamento exclusivo
nos casos graves. Embora reconheçam
os benefícios da psicoterapia, a maioria
dos autores admite que a tendência
moderna é empregar medicamentos
para tratar quadros depressivos.
O melhor de tudo é que, devidamente tratados,
a maioria dos pacientes retorna à vida normal.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
246) Não quero dizer nada além do que eu disse...
Foto Lugoca
Êta vidinha que a gente complica!
Na maior parte do tempo a gente
faz um esforço enorme pra viver bem,
pra viver melhor, pra que
as coisas deem certo,
mas, se dá uma brechinha,
viaja na maionese e vê fantasmas
onde eles não estão.
Podia ser tudo tão mais simples
e fácil se a gente complicasse menos, né?
Se a gente não imaginasse além
do que vê, do que ouve.
Há um livro da década de 80,
escrito pela jornalista Belisa Ribeiro,
mãe do Gabriel, O pensador, chamado
Bomba do RioCentro, que diz, logo
no início, que o Jornalismo é uma
das profissões que mais matam do
coração, das mais estressantes.
Nesta semana, um colega com
quem já trabalhei de perto, jovem, está
internado no CTI, com um problema
grave, o que nos faz pensar em tentar
ficar menos estressados, em procurar
ter um pouco mais de qualidade de vida.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
245) Caminhando...
Foto Lugoca
Ser o que sou,
o que me fiz,
o que me permiti,
o que se fez possível,
mas ainda e sempre
passível de mudanças.
De aportar na calmaria
de algum dos meus cantos,
De dar ritmo de paz ao
coração e aos poros,
De deixar aflorar
o que são flores
aqui por dentro.
o que me fiz,
o que me permiti,
o que se fez possível,
mas ainda e sempre
passível de mudanças.
De aportar na calmaria
de algum dos meus cantos,
De dar ritmo de paz ao
coração e aos poros,
De deixar aflorar
o que são flores
aqui por dentro.
Obs.: Os lírios do post abaixo foram um presente!
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
244) Primavera
Foto Lugoca
A primavera chegará,
mesmo que ninguém mais saiba seu nome
nem acredite no calendário
nem possua jardim para recebê-la.
A inclinação do sol vai marcando outras sombras
e os habitantes da mata,
essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão,
começam a preparar sua vida para a primavera que chega.
(...)
Esta é uma primavera diferente,
com as matas intactas,
as árvores cobertas de folhas
— e só os poetas, entre os humanos,
sabem que uma deusa chega, coroada de flores,
com vestidos bordados de flores,
com os braços carregados de flores
e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
Mas é certo que a primavera chega.
É certo que a vida não se esquece
e a terra maternalmente se enfeita
para as festas da sua perpetuação.
Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim.
(...)
Enquanto há primavera, esta primavera natural,
prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos,
que dão beijinhos para o ar azul.
Escutemos essas vozes que andam nas árvores,
caminhemos por essas estradas
que ainda conservam seus sentimentos antigos.
(...)
Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.
(Cecília Meireles)
sábado, 26 de setembro de 2009
243) Carinho é sempre bom!!!
Foto Lugoca
Me fez bem voltar a escrever aqui.
É absurdo como a gente sempre deixa
de lado coisas que nos são prazerosas,
que realmente nos fazem bem,
por pouco que seja.
Melhor ainda foi receber as manifestações
de carinho, nos comentários da Fátima,
do Atreyu e da Luciana.
Foi como se tivessem me telefonado
pra dizer: fique firme, estamos com você!
Obrigada, de coração!
Fátima, essa nova amiga, blogueira como
eu, menina do bem, sempre cheia de
carinho para dar. Grande pessoa!
Atreyu, um menino raro, capaz,
inteligente, amigo, carinhoso também.
Gosto tanto dele que parece até que
o conheço há anos. É um fofo!
E minha primoca Luciana, querida,
daquelas pessoas que você vê de vez
em quando mas não esquece nunca,
porque sempre vão fazer parte da
sua vida intensamente.
Muitos beijos pra vocês!!!
Me fez bem voltar a escrever aqui.
É absurdo como a gente sempre deixa
de lado coisas que nos são prazerosas,
que realmente nos fazem bem,
por pouco que seja.
Melhor ainda foi receber as manifestações
de carinho, nos comentários da Fátima,
do Atreyu e da Luciana.
Foi como se tivessem me telefonado
pra dizer: fique firme, estamos com você!
Obrigada, de coração!
Fátima, essa nova amiga, blogueira como
eu, menina do bem, sempre cheia de
carinho para dar. Grande pessoa!
Atreyu, um menino raro, capaz,
inteligente, amigo, carinhoso também.
Gosto tanto dele que parece até que
o conheço há anos. É um fofo!
E minha primoca Luciana, querida,
daquelas pessoas que você vê de vez
em quando mas não esquece nunca,
porque sempre vão fazer parte da
sua vida intensamente.
Muitos beijos pra vocês!!!
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
242) Sorrateira e feroz...
Foto Lugoca
Acho que nunca fiquei tanto tempo sem
postar aqui.
Mas devo confessar que deprimi e sumi.
É, difícil assumir, falar nisso, mas acontece.
A depressão existe e é feroz.
O pior é que é uma doença sorrateira,
incompreendida, pouco decifrada, até, acredito.
Porque há um preconceito enorme
contra ela. Pra muita gente, é bobagem,
coisa de quem não tem o que fazer, invenção.
Mas, acreditem, não é.
Repito, a depressão é feroz.
E penso que só se cura, além
de com ajuda profissional,
com carinho, compreensão e amor.
Já que este é meu 'diário', talvez
'quinzenário', eletrônico, não poderia
deixar de registrar este momento aqui.
Afinal, a vida é real.
Verdade é que queremos sempre que
compreendam nossa dor, mas nem
sempre estamos realmente dispostos
a entender com o coração o que
as pessoas próximas de nós enfrentam.
Há uma mensagem espírita, do Chico
Xavier, que diz que uma das coisas
mais difíceis de se fazer é encarar que
alguém próximo precisa realmente de nós.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
241) Paisagens urbanas
Foto Lugoca
A gente convive com um mundo
ao redor de casa.
Todos os dias, no caminho para
a academia, ele me sorri com
um dente e meio a menos,
à espera do bom dia que me habituei
a oferecer.
Hoje, tomava um café fresquinho,
cuja fumaça e cheiro eram convidativos.
Dei o bom dia de sempre, agradeci
e desejei bom apetite.
Quando o conheci, ele costumava
adormecer em sua velha cadeira
no meio da calçada, de onde,
tal qual um general, observa
a vizinhança, de olho nos intrusos.
Eu passava diariamente e olhava
aquele homem, que também me olhava,
até que comecei a dar bom dia.
Afinal, como poderia não dar bom dia
a alguém que vejo diariamente e
que acaba fazendo parte da minha vida?
Ainda não sei o nome dele,
mas descobrir está nos meus planos.
sábado, 29 de agosto de 2009
240) Absurdos em tempos de gripe suína
Passei por uma experiência inédita
e muito ruim domingo passado.
Depois de uma suposta virose na semana anterior,
fiz plantão no fim de semana e decidi
procurar uma urgência médica ao final
do trabalho, domingo, por volta das 21h30.
As dores nas costas que senti ao longo
da virose estavam quase insuportáveis e,
com a gripe suína por aí , temi que pudesse
estar com pneumonia.
No hospital - domingo à noite, imaginem!?-
depois de esperar por uns 40 minutos,
mesmo sendo a primeira de uma fila que crescia,
fui atendida por uma jovem médica,
chamada Marina Zerbini Faria.
Contei a ela o que vinha acontecendo e
sugeri que fosse pedida uma radiografia
dos meus pulmões. Ela o fez e solicitou também
exames de sangue.
Da minha chegada ao hospital até o resultado
dos exames se passaram umas duas horas e meia.
A radiografia, por exemplo, foi repetida umas
três vezes, porque a técnica me disse que havia
uma alteração que poderia ser resultado de
postura errada no exame.
Portanto, lá pela meia noite eu retornava ao
consultório para que a médica avaliasse os
resultados, tanto da radiografia quanto
das amostras de sangue.
Felizmente, ela foi logo dizendo que meus
exames de sangue estavam ótimos, tudo bem
comigo. Na radiografia, no entanto, ela
se demorou, avaliou, reavaliou e disse
que eu tinha mesmo uma pneumonia,
confirmando minha suspeita.
Diante do diagnóstico, ela me receitou
antibióticos e me passou atestado médico
para que repousasse em casa por um dia.
'Um dia ?', indaguei, ressabiada?
'Não é pouco para pneumonia ?', insisti,
dizendo que trabalhava com dezenas de
pessoas no mesmo ambiente e que havia
grávidas entre elas.
A médica simplesmente afirmou que era
isso mesmo, que um dia era suficiente.
Saí do hospital arrasada com a pneumonia.
Há muito tempo não me sentia tão doente assim.
Afinal, pneumonia é algo que assusta, que pode
matar, pelo que sempre ouvimos falar, não é mesmo?
Fui pra casa chateada, dormi mal, mas decidi
que procuraria um especialista no dia seguinte.
Na segunda-feira, logo cedo, liguei para
meu trabalho, avisando que estava
com diagnóstico de pneumonia,
mas que procuraria um especialista, já que havia
sido atendida em um plantão de hospital que
não me deixara tranquila quanto ao diagnóstico,
apesar de as dores nas costas persistirem.
Passei horas do dia, que deveriam ser de repouso,
ao telefone, tentando conseguir marcar com um
pneumologista, o que é quase impossível
nestes últimos tempos.
Entrei em várias filas de desistência e acabei
conseguindo um horário para o fim da semana.
O médico me disse que não dava para confirmar
pneumonia pela radiografia e que meu exame clínico
mostrava pulmões limpos.
Me apontou outras possibilidades e me indicou
outros médicos, a quem estou procurando.
Diante disso, voltei ao trabalho, onde fui
recebida com muita cautela pelos colegas,
temerosos com a possibilidade de serem
contaminados com a pneumonia que eu
anunciara ter na segunda-feira.
Foi horrível. Perguntaram se não seria
gripe suína, o que me fez imaginar quanto
preconceito deve estar sofrendo quem
é acometido pela doença.
Deixei claro que havia ido a um especialista,
que havia me liberado para o trabalho, e,
além do mais, não seria irresponsável de
procurar passar doença tão grave a eles.
Diante de tal recepção, decidi procurar
os responsáveis pelo hospital em que fui
atendida e pedir providências quanto
à médica. Foi o mínimo a que me vi
movida: por mim, que me senti horrível
tanto com a possibilidade de ter pneumonia
quanto com o preconceito, mas também por
outros que possam enfrentar o mesmo drama.
Enviei um documento ao presidente do hospital
e obtive como resposta que seriam tomadas
providências.
Espero ser informada sobre elas!
Vou cobrar!
No mais, estou cuidando de mim, como deve ser.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
239) Outro foco...
Foto Lugoca
Quando me mataram,
meu lado não verteu água nem sangue:
eu me verti de mim por essa fenda,
escorri para a terra, debaixo do gelo,
ausente.
Alguém sabia sempre: ela está ali,
e isso era a tua voz na noite.
E se houver um tempo de retorno,
eu volto.
Subirei empurrando a alma com meu sangue,
por labirintos e paradoxos,
até inundar novamente o coração.
Terei, quem sabe, o mesmo ardor de antigamente.
(Lya Luft)
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
238) A arte de registrar o que se vê!
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
237) Mais leveza - novamente!!!
Foto Lugoca
Às vezes, me encaro no espelho,
olhos nos meus olhos,
e me pergunto o quanto já aprendi
sobre viver com leveza.
Sobre viver realmente
e não apenas passar pela vida,
sobreviver.
'Viver não pode ser uma corrida eterna
atrás da solução de problemas',
digo a mim mesma.
Deve ser, sim,
a arte de não problematizar,
de enxergar mais o que há de bom.
Isso não significa fechar os olhos aos problemas,
às dificuldades que existem naturalmente,
mas encará-los com menos peso,
com mais leveza - essa palavra que amo.
Às vezes, me encaro no espelho,
olhos nos meus olhos,
e me pergunto o quanto já aprendi
sobre viver com leveza.
Sobre viver realmente
e não apenas passar pela vida,
sobreviver.
'Viver não pode ser uma corrida eterna
atrás da solução de problemas',
digo a mim mesma.
Deve ser, sim,
a arte de não problematizar,
de enxergar mais o que há de bom.
Isso não significa fechar os olhos aos problemas,
às dificuldades que existem naturalmente,
mas encará-los com menos peso,
com mais leveza - essa palavra que amo.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
236) Regresso...
Foto Lugoca
Dei uma sumida involuntária
e inexplicável daqui,
mas estou de volta.
Acho que tem a ver com
a preguiça que sinto,
de vez em quando, de
computador, de tecnologia...
Às vezes, me dá vontade
de chegar em casa à noite
e molhar minhas plantas,
admirá-las, tomar uma taça
de vinho e até pensar na vida,
mas passar longe de televisão
e computador.
Acho que é porque já passo
o dia todo trabalhando na internet,
e, além disso, fui criada no interior,
comendo fruta do pé, olhando mais
o horizonte e o céu do que para
essas caixinhas iluminadas e
multifuncionais que chamamos
de telas.
Ainda bem...
Dei uma sumida involuntária
e inexplicável daqui,
mas estou de volta.
Acho que tem a ver com
a preguiça que sinto,
de vez em quando, de
computador, de tecnologia...
Às vezes, me dá vontade
de chegar em casa à noite
e molhar minhas plantas,
admirá-las, tomar uma taça
de vinho e até pensar na vida,
mas passar longe de televisão
e computador.
Acho que é porque já passo
o dia todo trabalhando na internet,
e, além disso, fui criada no interior,
comendo fruta do pé, olhando mais
o horizonte e o céu do que para
essas caixinhas iluminadas e
multifuncionais que chamamos
de telas.
Ainda bem...
domingo, 26 de julho de 2009
235) Ensina-me...
Foto Lugoca
Dormir feliz.
Emanar vibrações de amor.
Saber que estamos aqui de passagem.
Melhorar as relações.
Aproveitar as oportunidades.
Escutar o coração.
Acreditar na vida.
Ensina-me, Senhor!
E que eu não dependa de
receitas prontas para viver,
certa de que a vida é descoberta diária
e não um emaranhado de fórmulas.
E que eu não guarde no coração
ou em qualquer outro canto
o que me é caro, o raro,
já que a vida vai rápido
e é preciso desfrutá-la.
O que se guarda se perde.
(Com J.L.B.)
sábado, 25 de julho de 2009
234) Recorde: dois posts em um só dia!
A cada vez que o telefone tocava,
meu coração disparava,
pensando que era você,
retribuindo minha ligação,
dizendo que também queria conversar,
amenizar os ânimos,
admitir que o amor vale a pena.
Afinal, só ele não se pode forjar
e todo o resto se reinventa
quando se quer,
quando é importante,
quando há amor.
Esse sentimento raro,
que comumente jogamos
para debaixo dos tapetes,
pensamos que é capaz
de suportar tudo
e esquecemos de proteger,
de acariciar,
de alimentar.
O telefone tocava e eu,
em milésimos de segundos,
me lembrava dos passeios no parque,
das risadas gratuitas, impagáveis,
dos almoços e cafés da manhã.
Lembrava, em milésimos de segundos,
do que parecia uma vida inteira,
com tropeços, mas muito mais delícias.
Na qual não cabem pequenas vinganças
nem chantagenzinhas ou alfinetadas.
Porque valeu a pena em sua maior parte.
O telefone tocou,
não era você.
Não foi.
Se foi...
233) Esquece calmo e forte, que o destino que impera...
Foto Lugoca
Que te alegres comigo,
que teu coração descanse em mim
e queira ficar sem estar prisioneiro.
Que teu corpo se cumpra
em água e chama e força.
Que não temas amar, sabendo
que embora a vida seja sombra e luz
num palco de perplexidades
aqui estarei para que venhas,
belo animal alado no teu voo,
alta asa dourada em teu aroma.
(E se souberes querer,
que em mim tenhas pouso e pasto
- e sortilégio).
(Lya Luft)
sexta-feira, 24 de julho de 2009
232) Escrevo para mim...
Foto Lugoca
"Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir.
Não sou pretenciosa.
Escrevo para mim, para que eu sinta minha alma falando e cantando,
às vezes, chorando..."
(Clarice Lispector)
Senhor Deus,
veja como sou bobinha:
se a dor de amor é a que
mais acomete os homens
neste mundo, porque eu
não resistiria a ela?
Óbvio que vou.
Minha missão aqui é ser feliz!
P.S.: Encontrei o trecho da Clarice Lispector no blog do Vinícius, um menino lindo, que me deixou um belo comentário aqui.
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