Fachada de casa de 1907, na Rua Aimorés, em Belo Horizonte - Foto Lugoca
O bicho era
meu.
Não havia
quem pudesse com ele.
E não era
daqueles que pegava
Ou que comia
Daqueles que
lhe dava a opção
De correr
Ou de ficar.
O bicho
estraçalhava.
Secava com
um olhar
De quem desvenda
almas,
De quem
fulmina flores,
E desconhece
cores.
Ignorava
vento na pele,
Toque nos
pelos,
Umidade nos
lábios
Desejo,
vontade, gana.
Invadia, me
invadia.
E corria
cada canto meu,
Como se dono
fosse.
|