Gente que veio, gostou e sempre que pode dá uma passadinha por aqui

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

184) Raízes





Te vi
Juntavas margaritas del mantel (...)
No sé si eras un angel o un rubí
O simplesmente te vi

(...) Todo lo que diga está de más
Las luces siempre encienden en el alma
Y cuando me pierdo en la ciudad
Vos ya sabés comprender
Es solo un rato no más
Tendría que llorar o salir a matar
Te vi, te vi, te vi
Yo no buscaba a nadie y te vi.

(...)
Me fui
Me voy de vez em cuando a algún lugar
Ya sé, no te hace gracia este país
Tenías un vestido y un amor
Yo simplesmente te vi.
(F.P., mi hermano)






Somos 6 bilhões de pessoas neste
Planeta maravilhoso, a grande maioria
com os mesmos anseios e longe de
se encaixar apenas em características
estipuladas por 12 fôrmas astrológicas.
Somos moldados também a fôrmas e
lâminas de outras crenças, ciências
e sabedorias.
Além de saúde e paz, 99% quer amor.
Quem ainda acha que não encontrou
a, digamos, 'cara metade', sonha e
busca isso mais do que qualquer
outra conquista.
Hoje, um pouco lapidada pelos
moldes da convivência e da psicanálise
- além de libriana com ascendente em
capricórnio - , acredito piamente que
a maioria de nós não vive o amor porque,
desafortunadamente, não sabe amar,
não sabe ser feliz.
Afinal, ser feliz não é para quem pode,
mas, sim, para quem sabe, para quem
se permite de verdade.








segunda-feira, 24 de novembro de 2008

183) O Sol acaba de abraçar as nuvens...





Sim,
eles, o Sol e várias nuvens,
ainda estão nas preliminares,
com as cores espalhadas,
os contornos disformes,
tudo fruto do gozo coletivo,
cósmico e incontido, que
mais uma vez,
Deus me permite assistir
de camarote.
Aliás, impossível apenas
assistir e não se deixar
envolver no deleite que
se dá no céu.
Desconfio de que:
'Alguma coisa acontece
no meu coração'.


Li em um dos blogs que
freqüento, acho que no
Ótimas Mentiras, da Renatinha,
que verde e azul são as cores
preferidas de Deus,
e minhas, tenho certeza.
E o Fred Bottrel acha este
blog 'muito colorido'.
ARCO-ÍRIS, por certo!






sábado, 22 de novembro de 2008

183) Delícias e sabedoria...

(Obs.: A foto é de uma plantinha brotando sobre um tronco de árvore feito de mesa, que aparece dois posts atrás. Sábias delícias da natureza)
Leio diariamente todas
as chamadas notícias ruins do país.
É meu trabalho.
Árduo para alguns.
Essencial e recompensador pra mim.
Ontem, uma amiga de outra área do jornal
me procurou à tarde e me convidou para
darmos um tempinho na lanchonete
do meu andar, ponto de encontro e
local de alguns minutos de relax
(se é que se pode dizer que isso é
possível em uma redação de jornal).
Por causa do horário, em que eu já
começava a fechar páginas do dia
seguinte (hoje), disse à minha amiga
que não poderia ir com ela à
lanchonete.
Ao olhar para o site aberto à
minha frente, em uma notícia
de crime, ela soltou rapidinho:
'Como não pode se você está aí
lendo notícia ruim na internet?'
Parei e fui explicar a ela que aquele
era exatamente o meu trabalho:
passar o dia filtrando notícias mais
importantes, já que o espaço de papel
do jornal é limitado, para publicá-las
no dia seguinte.
Enfim, com todo esse relato eu quis
chegar a algo que tem me incomodado
e me intrigado nos últimos dias - e que
já me tirou o sono em outras ocasiões
da minha vida profissional.
Estamos em uma fase no país em que
os crimes passionais parecem ter se
multiplicado e estão mais cruéis
a cada dia.
Os homens, principalmente, matam
suas companheiras ou ex com facilidade
assustadora e maldade requintada.
Quase sempre, por motivos torpes, que
poderiam ter sido minimizados com a
separação na hora certa.
Com o reconhecimento de que
ninguém é de ninguém.
O que mais tem me chocado, no entanto,
é que crianças e adolescentes têm estado
metidas nisso injustamente e
sempre como vítimas.
Aí, me pergunto - e não me venham, por
gentileza, responder sem conhecimento
de causa - se nós, da mídia, começamos e
incentivamos isso ou somos apenas
instrumento de divulgação de uma
triste realidade que se avoluma,
incentivada pela desigualdade social,
pelo desemprego, pelas vergonhosas
barreiras no acesso à educação e por
tantas outras mazelas para as quais
fechamos os olhos, o coração e a alma.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

182) Amor e dor



'A gente cresce tanto
no amor quanto na dor'.
Isso foi o que meu primo-irmão
Samuel me lembrou, nesta semana,
que nossa sábia vovó Luisa sempre dizia.
É claro que é a mais pura verdade,
apesar de eu persistir na crença
de que sofrimento não é pré-requisito
para amadurecer.
A gente pode, sim, crescer, ficar melhor
como ser humano, mesmo em plena
felicidade.
P.S.: A fofa da foto, além de mim,
é claro (hehehe), é a Ana, que está
lá em Lisboa.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

181) Prazeres...



Amo mato, samba, vinho, mar, cores,
amigos, filmes, poesia, jornalismo, gente,
mar, viagens, música, beijo, sexo, cheiros,
bocas, arte, esporte, aconchego, bichos,
amor, pôr-do-sol, a Lua, sushi, olhares,
novos lugares, pele, Paris, BH, a vida...
Não necessariamente nessa ordem.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

180) Despojamento para ser e viver...



A vida escorre pelos dedos,
os mesmos nos quais se oferece, além mar,
pra encaixar os seus e me dar guarida,
carinho, força, expectativa,
fé, vontade de caminhar...
Ficamos órfãos,
filhos se vão antes dos pais,
gente chega com olhos da cor
do que germina e brota da terra,
cor da esperança de amar de novo,
da confiança, da crença de que há
corações corajosos por aí,
que conseguem não brincar
consigo mesmos e mergulhar
no que realmente vale, mas
que também é cercado de mel,
delícia, malícia, encanto, deleite
e prazer, muito prazer.

domingo, 9 de novembro de 2008

179) Vamos jogar em Brasília!!!












AS MINAS somos vice-campeãs
do Campeonato de Futebol Society
Álvaro Teixeira da Costa em MG.
Agora, vamos jogar com os três
primeiros colocados do Distrito Federal.
Há quatro meses, quando formamos
o time e começamos a treinar, tudo
parecia mera brincadeira. A maioria
de nós nunca havia jogado futebol.
Mas, cada uma respeitando seus
limites e compromissos, nos
envolvemos com o esporte, com o
campeonato, e tomamos gosto.
Passamos bem perto do primeiro
lugar. Foi por muito pouco mesmo.
Mas as meninas que venceram,
As Classificadas, mereceram.
Além da disputa no DF, que deve ser
neste mês, vamos manter o time e
nos preparar para a Copa Nacional de
Futebol Society Álvaro Teixeira da Costa,
em abril e maio de 2009.
O bacana é que todas nós estamos
adorando jogar futebol. Tanto pelo
exercício físico fantástico que é, quanto
pela integração, pelo encontro com a turma
do trabalho em um momento informal e
de pura descontração.
O futebol me permitiu me aproximar e
conhecer melhor colegas maravilhosos -
meninos e meninas.
Beijos a todos!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

178) Fórmulas?

Christian Charisius/Reuters

Frederick Florin/AFP


A gente conhece todas as fórmulas.
Sabe que há coisas que
já começam erradas.
Que não se encaixam.
Provavelmente não nos
farão felizes.
Sabe que ninguém
muda ninguém.
Que não adianta esperar
que o outro seja diferente
pra nos agradar.
Que ficar fazendo
discurso só aumenta
o desgaste.
Que a maioria de nós
quer o que não tem.
Que a mesma maioria
prefere, inconscientemente,
quem vive fazendo charme,
os mais desligados,
que fazem joguinhos,
não valorizam tanto,
são mais descuidados,
mais auto-centrados.
Enfim, sabemos as
fórmulas de cor e
salteado.
Mas, verdade é que
encontros não respeitam
fórmulas.
E, a menos que tenhamos
maturidade plena,
o que é raro,
vamos quebrar
cabeça e coração
muitas vezes por aí.

sábado, 1 de novembro de 2008

177) My pop wall





A porta se abriu
em um ranger lento,
ajudada pelo vento
e pela madeira leve,
sinal de poucas posses.
De dentro, saiu um
cheiro doce de
café recém-coado,
pra espantar o
sono que se avizinhava.
De fora, entrou o
perfume da dama-da-noite
plantada no jardim,
em meio a tantas
outras riquezas florais,
e invadiu os cômodos
espremidos, relaxando
os poros de quem
buscava estar alerta.
Pela mesma porta
entrou a noite,
e adormeceu,
até que o dia
raiasse para
rendê-la na
roda da vida.