Foto: Arquivo Pessoal
Que eu perdoe meus erros
e minha vontade desenfreada de amar
Que eu aprenda a ver um ou outro
dos meus acertos
das minhas flores
cores escondidas,
que existem por aqui,
onde alguém há de enxergar,
em algum dos meus lugares,
num canto qualquer da minha pele,
nalgum dos pacotes das minhas dores,
nas marcas que elas me deixam
pelo corpo,
na alma,
na calma,
e até na palma da mão
e no chão
por onde vou agora...
Foto Lugoca
O que me move
são crenças eternas
e descobertas que
se fazem pelo caminho.
Me abro a
afagos na alma,
a toques serenos,
desejos de bem querer
e bem viver.
Espero o sorriso,
o olhar,
amanhecer,
aprendizado,
recomeçar,
saborear
e perdoar.
Viver com leveza,
se possível.
Foto Lugoca
Abri os olhos
e o Sol estava lá,
explodindo em cores
e calor.
Encarei o bosque
e me embrenhei,
pisei a terra -
os pés desnudos,
dispostos.
Não olhei pra trás.
Eu quis o que viria:
As flores,
seus cheiros,
espinhos,
caminhos sinuosos,
as sombras,
clarões,
encantos,
surpresas,
mistérios,
tropeços.
Segui em frente.
Firme,
decidida.
Algo me esperava,
me chamava.
Eu quase podia tocar.
Parecia felicidade.
Foto Lugoca
A luz se acendeu,
antes mesmo do esperado,
tempo se refez,
vida se renovou,
águas seguiram curso,
alma se esperançou,
voz se aveludou,
olhos se iluminaram,
mãos se afagaram,
corpos se aconchegaram,
beijos se encaixaram,
peles se imantaram,
toques se permitiram,
medos se dissiparam
e tudo recomeçou,
querendo ser infinito.