Foto Luisana Gontijo
Semeava umas coisinhas miúdas
que traduziam suas formas,
suas rimas, suas cores, seus jeitos...
Mesmo pequeninas,
tinha esperança de que fossem vistas,
porque eram de uma pequenez
recheada de amor,
que teimava em espalhar,
da sua forma vagarosa,
nas suas minúcias despercebidas,
às vezes.
Alguém haveria de enxergá-las,
de apreciá-las até,
de querer cuidá-las,
quem sabe?
Mais que acreditar,
tratava-se de sentir
que é possível o encontro
das coisas simples,
das crenças guardadas
onde o olhar brilha,
onde as borboletas pousam no estômago,
onde a vida arde com paixão.
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