Dentro de mim
uma criança inquieta
teima em ser
e eu não a reprimo.
Ela quer banhos de chuva,
fruta apanhada do pé,
pés coloridos de terra vermelha,
cabelos ao vento,
gargalhadas de cócegas,
andanças sem rumo,
corre-corre nas ruas
e sonhos e sonhos.
Ela ainda sente o hálito
da avó ao assoprar a
casa de palha de um dos
três porquinhos fujões.
Ainda tem arrepios
ao se lembrar do lobo,
hoje bobo feito ele só.
Fecha os olhos e
se deita com os primos
sob as mangueiras.
Tenta abri-los e eles estão
travados pela lembrança
das capetices que atraiam
marimbondos, inchaços, dores
e uma alegria incontida por
ter tudo isso guardado
em um lugar que é só dela.
Luisana, que delicia esse poema! Viajei duas decadas no tempo e fui parar la em Nova Era, na casa da minha avo. Lembrei de quando eu ficava encolhida do lado do fogao a lenha, nas noites frias das férias de julho. Que saudade daquele tempo! Que saudade de brincar no pé de jabuticaba, de ter medo do porao escuro, de brincar com minhas primas no quintal cheio de flores, de ficar abraçadinha com meus avos... rsrs
ResponderExcluirBons tempos aqueles! Beijos.
(mais uma vez, desculpe a falta de acentos. O pc esta com configuraçao para italiano e nao posso mudar porque nao é meu)