Gente que veio, gostou e sempre que pode dá uma passadinha por aqui

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

194) Lírios...

Foto Onny



Era um pé de alguma
coisa colorida e perfumada,
diferente de minerva,
que me avisava:
Carpe diem,
que a felicidade
é próxima
e simples.
É agora, aqui,
pequena, mas grandiosa.
Passageira, mas existe.
Era um pé de planta,
de flor,
para ser exata,
desses que povoam
meus sonhos e
minha casa.
Povoaram minha infância.
Sim, povoaram.
Porque planta
é que nem gente:
respira,
troca carinho,
ocupa espaço,
povoa.





sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

193) Lembranças


Foto Lugoca



Me pego pensando em
telefonar à minha mãe
para saber como vão as coisas e
contar como anda minha vida.
Se o fizer, o telefone vai tocar
do outro lado sem que ela atenda.
Não o fará, por mais que
aperte a saudade da sua voz,
dos seus conselhos que
eu nem sempre ouvia,
dos puxões de orelha que
contestava facilmente.
Meu diálogo com ela
agora é por outros canais,
menos tecnológicos ainda
que a velha invenção de
Graham Bell.
Insuficientes para
aquietar a saudade,
mas capazes de
guardar lembranças
eternas.



quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

192) Ufas, ufos e outros suspiros...


Fotos Lugoca




Tenho passado os últimos anos
buscando um tesouro
escondido dentro de mim.
Algo de que sinto me
aproximar dia-a-dia.
Que vez ou outra acredito
ter alcançado, mas me
surpreendo, tendo que
continuar buscando.
Algo de que chego perto,
mas percebo que me
vem em etapas e,
às vezes, quando
penso ter atingido,
me escorre pelos dedos.
Percebo que ainda não
conquistei com solidez.
Que será um percurso eterno.
Eterno amadurecimento.
Sempre em busca
da rara serenidade.
A verdadeira chave de tudo:
da paz, da felicidade,
da saúde, do amor,
do sossego espiritual.




quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

191) Novo ano novo




Seja feliz o ano de quem
multiplica as cores do arco-íris,
desenha belos horizontes
e besunta de chocolate
as paredes interiores.
(...)
Feliz ano aos artíficies de irreverências,
aos que não temem olhar o semelhante
nos olhos e nem se julgam
melhores do que os outros.
(...)
Seja feliz o ano de quem
enfeita a alma de borboletas,
lambuza as palavras de mel e
desaprisiona a criança que o habita.
(...)
Feliz ano novo ao que em nós
ainda resta de velho,
às nossas aspirações mais generosas,
aos propósitos que nos fazem
levitar em amorosidades.
(Peço permissão para fazer minhas as palavras acima, do Grande Frei Beto)