Gente que veio, gostou e sempre que pode dá uma passadinha por aqui

domingo, 20 de outubro de 2013

352) O que é meu

Fachada de casa de 1907, na Rua Aimorés, em Belo Horizonte - Foto Lugoca



O bicho era meu.
Não havia quem pudesse com ele.
E não era daqueles que pegava
Ou que comia
Daqueles que lhe dava a opção
De correr
Ou de ficar.
O bicho estraçalhava.
Secava com um olhar
De quem desvenda almas,
De quem fulmina flores,
E desconhece cores.
Ignorava vento na pele,
Toque nos pelos,
Umidade nos lábios
Desejo, vontade, gana.
Invadia, me invadia.
E corria cada canto meu,
Como se dono fosse.

2 comentários:

  1. ei Lu
    obrigada pelo seu comentário e elogio!
    Que ótimo que você voltou! Vem pra valer tá. Porque é muito bom te ler aqui.
    Tomara que esse bicho aí não seja do tipo destruidor. Adorei!
    beijo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ei, Maria Fe! Senti uma falta enorme desta blogosfera, viu? Rede social alguma se compara a isto aqui! Este sim é o espaço de conhecer gente que ainda tem valores que me agradam. E esse bicho não é destruidor, não rs. É aquele bicho que nos sacode para a vida. Beijo!

      Excluir

Eu gosto muito que você comente!