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sexta-feira, 7 de maio de 2010

277) Eu comigo

Foto Lugoca




Por mais incrível que possa parecer,
2009 - ano da morte de minha mãe,
acontecimento mais difícil da minha vida -
foi muito produtivo poeticamente
pra mim. Digo isso revendo este blog.
Apesar de triste pelos motivos óbvios,
consegui preservar a alegria e
a criatividade, movida por várias
outras razões que a vida nos dá,
nos reserva.
Mas a falta falou mais forte com
o passar do tempo. E faltou tanto,
principalmente percepção e sensibilidade
para perceber que eu resistia,
que a poesia se recolheu, se esquivou,
mas permaneceu viva, latente, voltando
a se mostrar aos poucos, quando eu
própria me dei conta de tudo isso.
De que, antes de qualquer outra pessoa,
eu devo me perceber e me valorizar.








2 comentários:

  1. Canção do dia de sempre

    Tão bom viver dia a dia...
    A vida assim, jamais cansa...

    Viver tão só de momentos
    Como estas nuvens no céu...

    E só ganhar, toda a vida,
    Inexperiência... esperança...

    E a rosa louca dos ventos
    Presa à copa do chapéu.

    Nunca dês um nome a um rio:
    Sempre é outro rio a passar.

    Nada jamais continua,
    Tudo vai recomeçar!

    E sem nenhuma lembrança
    Das outras vezes perdidas,
    Atiro a rosa do sonho
    Nas tuas mãos distraídas...
    Mário Quintan

    Bjs querida.

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  2. Que lindo isso!
    Desabafo sincero, transparente.
    Imagino que não deva ser fácil se recuperar de tanta dor, pelo menos imagino como EU ficaria nessa situação.
    Mas uma coisa é legal, você conseguiu criar o blog, começar, dar o primeiro passo, pra então recomeçar a vida.
    A poesia fica latente em nós, alguns momentos fazem com que a coloquemos para fora, outros fazem com que ela se esconda. Mas a poesia está sempre lá.
    Espero que você tenha um belo encontro com ela e consiga encontrar a si mesma também!
    beijo grande

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