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sábado, 5 de março de 2011

336) Para Adélia Prado

Foto Lugoca




Ei, Jonathan,
também preciso
me abrir com você
e lhe contar que tenho
uma cachoeira aqui no peito
e minhas lágrimas
a fazem transbordar,
impetuosa,
impiedosa,
até,
porque me tira
o fôlego
e a voz
e os olhos marejados
não me deixam
ver o que virá
nem pra onde ir.
Tem de ser com você
este desabafo, Jonathan,
porque mamãe
já não pode
mais me ouvir.




P.S.: Jonathan é um antigo personagem da poetisa mineira Adélia Prado




12 comentários:

  1. Confidências que só se fazem a um amigo verdadeiro.
    Um bj querida amiga

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  2. Todos precisamos de um confidente, mais que não seja, para dar descanso à mamãe. Gostei de ler.

    Bom fim-de-semana

    Runa

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  3. Como é difícil encontrar um "Jonathan" que nos forneça desinteressadamente um colo de mãe.... que nos escute, que seja pra nós nas noites longas, solitárias e escuras, como a lanterna dos afogados.
    Feliz quem o tem!

    Linda a interpretação da Gadú.
    Me encanta a sensibilidade do seu olhar sobre a cidade.Maravilha de foto.

    bjos

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  4. Como é interessante esta sensação de um rio correr dentro da gente e o mais estranho é que não temos a certeza de sua nascente fazemos uma idéia na qual materializamos em músculo que pulsa, contrai e expande porem nesta hora ele esta tão contraído que salta água por lado.
    Ah Adélia... quando não se tem próximo o amigo confidente escrevemos a eles.
    Bjinhos Lu e um feriado em Paz.

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  5. E, aí, moça, o que eu posso fazer para te ajudar? E, aí, moça, se quiser sou Jonathan para você. E, digo-lhe, tua mãe pode te ouvir, pode, sim. Eu também posso, sei que não resolve muito, mas, mineira, eu te entendo, eu te entendo...

    Temos a mesma idade, mas dá vontade de pegar você no colo, igual faço com a minha filha. Vou ter que ir aí, é isso, não é? Mineiro é fogo!

    Estou te esperando.

    Beijos,

    Suzana (sem LILY, vim sozinha)

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  6. ÀS vezes sou Jonathan, às vezes quero um Jonathan... mas é uma vontade se contradiz, nem sempre queremos que o nosso rio transborde, vai que ele não para mais!
    mas como bem canta Maria Gadu... a gente ainda sabe "se virar"

    amei a interpretação...

    BjO
    e, parabéns, você é uma das que merecem, todos os dias. Mas simbolicamente, temos apenas 1, como comentei no blog da Lilly, só simbolicamente mesmo, afinal o que seriam dos dias sem as mulheres... mesmo que em alguns deles nós venhamos a precisar de algum Jonathan ;)

    vou-me,sempre te admirando...

    bjãO da ÉRica

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  7. Amada Lu, passo, antecipadamente, para desejar um feliz Dia Internacional da Mulher, apesar de todos os dias serem dias de comemorar nossas conquistas e a vida tb!
    Bjo e paz e sorrisos pra ti, minha amiga.

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  8. Oi, querida.

    Passando para matar a saudade do seu espaço lindo. :)

    Amei o poema!

    Beijinhos

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  9. Olá Lu! Também sou admiradora dos poemas da Adélia Prado,( claro, tinha que ser mineira, né ;)

    E parabéns para nós mulheres, fortes, sensíveis e eternamente apaixonadas pela vida!

    Beijos

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  10. Oi Lu!!
    Fiz um selinho especial para o Dia Internacional da Mulher e adivinha?? Você merece muitooo ganhar este presentinho!!
    Passa lá,ok!!
    Bjinhos

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  11. tão bom ter alguem que nos escuta, mesmo sendo imaginario...

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  12. Lu!
    passando pra dizer "OoooIIi", e agradecer pelo seu comentário,poxa, nem sei se sou tudo aquilo, mas fico realmente lisonjeada com o teu carinho, acredite, é, de minha parte, muito bem retribuído ;)

    realmente, tem gente que a gente nem conhece, mas conseguem extrair sensações boas da gente... vai saber, será que Freud explicaria? Se sim, problema dele rsrsrsr... prefiro que as coisas boas fiquem mesmo inexplicáveis.

    bjãO

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