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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

239) Outro foco...

Foto Lugoca


Quando me mataram,
meu lado não verteu água nem sangue:
eu me verti de mim por essa fenda,
escorri para a terra, debaixo do gelo,
ausente.
Alguém sabia sempre: ela está ali,
e isso era a tua voz na noite.

E se houver um tempo de retorno,
eu volto.
Subirei empurrando a alma com meu sangue,
por labirintos e paradoxos,
até inundar novamente o coração.

Terei, quem sabe, o mesmo ardor de antigamente.
(Lya Luft)




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