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quarta-feira, 23 de abril de 2008

106) Foto premiada

Foto Lugoca




Mesmo sendo uma fotógrafa mais que amadora,
a imagem acima, de minha autoria, à qual batizei
de "Lua e flor em BH", ficou entre as semifinalistas
do Premio Flávio Damm de Fotografia/
Revista Associados Brasil, e ficará exposta,
em maio, no Espaço Chatô da
Fundação Assis Chateaubriand,
em Brasília. Depois disso, a exposição assumirá
caráter itinerante, indo a todas as empresas do
Grupo Associados.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

105) A morte de Isabella

Foto: Álbum de família




Depois de alguns equívocos, nos quais,
no afã de dar a notícia em primeira mão,
a imprensa acabou se precipitando ao
anunciar inocentes como culpados
- muitas vezes, por divulgação afobada pelas fontes -,
os meios de comunicação brasileiros
têm sido mais que cautelosos no caso
do assassinato da garotinha
Isabella Oliveira Nardoni.
Mas, confesso que, como integrante
da imprensa brasileira, temo que a
barbárie cometida contra Isabella e
sua verdadeira família, os Oliveira,
fique impune.
Até então, todos os indícios apontam
como suspeitos o pai da menina, Alexandre
Nardoni, e a madrasta, Ana Carolina Jatobá.
Dados mais recentes, apurados pela polícia
técnica de São Paulo, onde ocorreu o crime,
afirmam que uma fralda e uma toalha encontradas
no apartamento do casal guardavam restos de
sangue da menina, apesar de terem sido lavadas.
Além disso, os peritos confirmaram que a marca
de chinelo sobre a cama da qual Isabella foi jogada,
do sexto andar do prédio, é do pai, Alexandre.
Enfim, até agora, não há qualquer base concreta
que sustente a tentativa da defesa de provar que
uma terceira pessoa teria praticado a monstruosidade
de assassinar Isabella.
Meu temor, no entanto,
e acredito que de toda a sociedade brasileira,
é que, caso persistam todas as evidências
de que o pai e a madrasta tenham sido capazes
de cometer tal atrocidade, por se tratarem de pessoas,
de certa forma, endinheiradas,
capazes de pagar bons defensores,
os culpados não cheguem a ser punidos.
Tenho escutado muita gente dizer que já está cansada
de ouvir falar do caso, que a imprensa nos
está bombordeando com ele por se tratar de gente
da classe média, mas tenho uma visão mais ampla
sobre isso. Acho que essa história deve servir de mote
para combatermos com veemência a violência contra
as crianças neste país. Afinal, por se tratarem,
os até então acusados, de dois adultos que
tiveram todas as oportunidades de estudo e
de qualidade de vida, é ainda mais inaceitável
que possam ser os culpados.
Não quero dizer que quem mal tem dinheiro
para comer teria mais motivos e desculpas para
assassinar o filho. De forma alguma.
Enfim, todos esperamos que haja justiça, sejam
quem forem os assassinos de Isabella. A menina,
aliás, ainda de acordo com os últimos dados
divulgados pela polícia de São Paulo, teria voltado
para casa, depois de vários finais de semana com o
pai e a madrasta, com marcas de mordidas e
beliscões pelo corpo. Perguntada pela mãe sobre
quem teria feito aquilo com ela, a pequena afirmava
sempre, conforme depoimento de Ana Carolina Oliveira,
mãe de Isabella, à polícia, que teria sido o irmãozinho.

terça-feira, 15 de abril de 2008

104) Fascínio pela Lua

Foto Lugoca



Sou fascinada pela Lua,
como a maioria das pessoas.
Visto de qualquer lugar,
em qualquer uma de suas fases,
esse satélite natural da Terra exerce sobre nós
atração que remete ao amor, à paixão, à poesia, à natureza, ao mar...
Em Búzios ou no meio de qualquer outro caminho,
la luna, the moon, é sempre inspiradora e
capaz de renovar nossas energias.






sexta-feira, 11 de abril de 2008

103) Love is just a game???

Foto Lugoca





Para que quem ainda não leu se delicie e reflita e para os que já conhecem possam recordar, tomo a liberdade de repetir abaixo um dos textos mais certeiros e belos que já li, intitulado "Frescobol", do grande Rubem Alves (O Retorno Eterno, Editora Papirus). "Uma lição de convívio para todos aqueles que estão jogando tênis entre quatro paredes".



FRESCOBOL

"O tênis é um jogo feroz.(...)
Joga-se tênis para fazer o outro errar.
O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir a sua cortada - palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico,
que é o de cortar, interromper, derrotar.
O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento
em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário
foi colocado fora de jogo.
Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
O frescobol se parece muito com o tênis:
dois jogadores, duas raquetes e uma bola.
Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca.
Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito
e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa,
no lugar certo, para que o outro possa pegá-la.
Não existe adversário, porque não há ninguém a ser derrotado.
Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha.
E ninguém fica feliz quando o outro erra -
pois o que se deseja é que ninguém erre.
O erro de um, no frescobol, é como ejaculação precoce:
um acidente lamentável que não deveria ter acontecido,
pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir...
E o que errou pede desculpas;
e o que provocou o erro se sente culpado.
Mas não tem importância:
começa-se de novo esse delicioso jogo
em que ninguém marca pontos...".








quinta-feira, 3 de abril de 2008

102) Divagações

Foto Lugoca



Tem gente, mais afeita às modernidades,
que insiste em defender a idéia de que
as chances de felicidade hoje são as mesmas de sempre,
respeitadas apenas as diferenças moldadas nas
mudanças forjadas pelo 'progresso'
(principalmente da indústria da informação).
Juro que me esforço para compreender essa tese,
visto que sou completamente favorável aos avanços,
mas nada me convence de que,
por estarmos cada dia mais distantes do afeto
e mais afoitos por conquistas materiais,
possamos ter momentos verdadeiramente felizes
sem simplicidade, amizade (mas, verdadeira) e
respeito.