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terça-feira, 30 de outubro de 2007

74) Os "trem" dos mineiros

Foto Lugoca


Ser mineiro é mesmo um trem. "Num" tem jeito.
Semana passada, depois de ter ido várias vezes ao Rio de Janeiro de carro e algumas poucas de avião, peguei um Cometa de volta da Cidade Maravilhosa, em meio àquela chuvarada que caía lá, e, livre das exigências do volante mas perto do chão, pude reparar melhor na paisagem.
E qual não foi minha surpresa?
Vi umas cinco marias-fumaças diferentes pelo caminho, todas puxando vagões de carga, provavelmente minério-de-ferro e grãos.
Nunca tinha visto tantas em um só dia.
Apesar da minha familiaridade com trens, mineirona que sou, fiquei encantada.
Tentei fotografá-las de dentro do Cometa, que, rápido como ele só, as deixava logo para trás e não ajudava muito na qualidade das imagens que eu captava.
Minha avó materna, Luiza, já teve que me repetir várias vezes uma história que, no fundo, adorava contar. Ela lembrava que seu pai, meu bisavô, criador de gado no interior de Minas, ainda no século 19, vendia carne aos ingleses embarcando o produto em um trem até o Rio de Janeiro, de onde seguia de navio, obviamente, para a Inglaterra. Parece-me que a carne era salgada para resistir à viagem.
Essa é apenas uma das historinhas sobre os trens na minha vida.
E quem de nós, nascidos nestas Alterosas, não tem algum trem pra contar sobre essas máquinas tão fortes e pesadas quanto nossas montanhas?


2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Ficou linda a foto! Mais ainda seu texto: me emocionou. Que trem de doido! hehehehe Bjo! Davi.

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